" A curandeira não é uma mulher que cura, a curandeira é uma mulher que ama "
Por
todo Brasil existem homens e mulheres que são curadores, que aplicam a
sabedoria ancestral, em chás de ervas, banhos e benzimentos, com rezas e
cantos. Com essas práticas, conseguem reduzir e até exterminar muitos dos males
que atingem as pessoas que as consultam. Assim, são essas pessoas, que conhecem as folhas,
cascas, cipós, as luas mais propícias e também as rezas que orientam sua fé na
cura.
Pelo efeito da fé daqueles que aplicam conhecimentos de cura que
vêm de povos tão distintos – brancos, negros, indígenas – as benzedeiras ou
curandeiras têm suprido a falta de atendimento médico em localidades remotas. Há
também quem, mesmo nas cidades, prefira procurar uma benzedeira para casos em que a cultura popular
identifica como sendo de trato das benzedeiras – empacho, espinhela caída,
quebrante, bucho virado – e tantos outros nomes que o povo usa para designar
sensações físicas muito incômodas.
No município de Rebouças, no Paraná, as
benzedeiras se organizaram e conseguiram o reconhecimento do seu ofício. Hoje, por lei municipal, todas
são identificadas por uma carteirinha que as identifica. Assim, podem trabalhar
no seu ofício sem o susto de serem autuadas ou denunciadas. Desde 2010 são
reconhecidas pública e legalmente. É o que nos conta o documentário de Lia
Marchi, Benzedeiras –
Ofício tradicional.
Outro documentário muito interessante sobre as benzedeiras e
rezadeiras é o das Benzedeiras do
Parintins, que apresenta várias benzedeiras do estado
do Amazonas, apresentado como trabalho de conclusão de curso de jornalismo da
Universidade Federal do Amazonas – UFAM.
Há também o documentário Eu que te benzo,
Deus que te cura, que foi apresentado como
trabalho de conclusão do curso de jornalismo na Universidade Federal de Santa
Catarina. Nele, foram registradas as práticas terapêuticas religiosas
populares realizadas por benzedeiros de Florianópolis, um resgate cultural
muito interessante que mostra como e porquê o conhecimento da benzedura é
adquirido, realizado e praticado.
Foram também entrevistados um historiador, uma psicóloga, uma
antropóloga, um médico e um ambientalista – a ampliação, para o mundo
científico, desta discussão, é muito benéfica para o entendimento da
importância das práticas de benzedura e suas origens.
Fontes: Alice Branco (GreenMe)
http://umbandaeucurto.com/noticias/benzedeiras-curadoras-e-rezadeiras-cura-pela-natureza-e-pela-fe/#
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