domingo, 27 de fevereiro de 2011

Propostas do Encontro Mulheres de Axé Rio de Janeiro


Mae Of'a, Mae Nilce e Ekedi Lucia
Propostas do I Encontro Estadual Mulheres de Axé do Rio de Janeiro
1. Organização de Oficina sobre  elaboração de projetos e captação de recursos
2. Criação de uma comissão de mulheres de terreiros à nível estadual e nacional para levar demandas das mulheres e ampliar a interlocução das Mulheres de Axé com a SPM, SEPPIR, SUPERDIR, Ministério da Saúde, etc.
3. Participação das Mulheres de Axé nas Conferências de 2011(Conferência Nacional de Saúde, Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, Conferência Nacional de Segurança Alimentar, etc).
4. Elaboração de material facilitador para as Mulheres de Axé com a finalidade de dar suporte de informações para qualificar a  participação nas Conferências
5. Realiza'cao de um Projeto de Inclusão  Digital das Mulheres de Axé visando autonomia das mulheres no acesso e no manejo da internet,
6. Formação das Mulheres de Axé de todos os Núcleos da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde nos estados em questões relacionadas a Direitos Humanos, Gênero, Saúde, etc.
7. Dar continuidade aos encontros Mulheres de Axé em outros estados e a realização do Encontro Nacional Mulheres de Axé
8. Enfrentamento da Feminização da Epidemia de HIV/Aids no Axé e a retomada das ações de prevenção, incluindo  as mulheres jovens de terreiros
9.  Organizar junto com a sociedade civil um ato para pressionar o Governo Estadual em relação  à implementação da Política de Combate à Intolerância Religiosa no Estado do Rio de Janeiro
10. Formalizar solicitação à Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, via Rede, para que os Terreiros recebam camisinhas, display para distribuição de camisinhas, realização de palestras, elaboração e distribuição de materiais educativos com a linguagem dos terreiros, exibição de vídeos e debates com a finalidade de fortalecer a prevenção no Axé

Mae Marlise, Mae Ignez e Louise Silva
O clima de muita alegria no encontro mulheres de axé

Mãe Nina, Mãe Omin e Mãe Lucia de Oxum
Apresentação de Jurema Werneck no Mulheres de Axé

Mãe Neide de Maceió e Mãe Cristina de São Paulo

Mãe Vânia de Iansã e Mãe Beata de Iemanjá no encontro

http://mulheresaxe.blogspot.com/2011/02/veja-as-propostas-do-encontro-mulheres.html


Ogan Silvestre envia depoimento sobre o Mulheres de Axé


Ogan Silvestre no encontro

A benção minhas Mães, meus Pais e meus Irmãos, 

 Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todas e todos que estiveram na organização do evento e também para os que estavam participando, pelo acolhimento que tivemos durante os dois dias do Encontro Mulheres de Axé.
 
Vocês não imaginam a minha emoção quando vi Mãe Hóstia entrar no mar pela primeira vez. Eu nunca tinha visto uma pessoa em um estágio de regressão como vi naquele dia. Ela pulava, jogava água para cima, brincava com se fosse uma criança. Foi uma das maiores emoções que já tive. E tudo isso quem promoveu foi a Rede, foram todos vocês que oportunizaram a Mãe Hóstia ter um momento tão puro como aquele.  
 
Na sexta feira, dia 26 de fevereiro de 2011, tivemos reunião da ACCUNERAA. Mãe Hóstia que sempre ficava calada observando desta vez estava muito falante. Ela narrou tudo que aconteceu no encontro de uma maneira tão clara que todos ficaram abismado e quando lhe perguntaram o que tinha acontecido que ela estava mais solta e confiante ela respondeu “foi o respeito e carinho que todos demonstraram por mim e pelo os outros que estavam no encontro, lá éramos todos iguais, ninguém era melhor que ninguém. Tudo isso me fez ficar mais confiante”

Se hoje me perguntarem quais os meios de promoção a saúde eu diria que é:
 
  • Acolhimento;
  • Respeito;
  • Alegria;
  • Participação;
  • Sabedoria
  • Fé;
Pois foi isso que encontramos durante o encontro.
 
A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde consegue promover tudo isso em apenas dois dias, consegue juntar pessoas de vários lugares, vários pensamentos e com um único objetivo; “discutir políticas que promovam o bem estar de cada negro e negra deste país”
 
Ouvir Jurema falar é como ouvir a própria sabedoria em forma de pessoa, aliás assim como todo muçulmano deveria ir pelo menos uma vez na vida a Meca, toda mulher e homem negro antes de sua morte deveria ouvi-la falar. Ela é demais.
 
Para finalizar gostaria de agradecer a Mãe Lúcia e a Vilma pelo carinho que tiveram comigo e em especial a meu grande amigo e irmão Marmo por tudo isso que ele promove para os Babás e as Yás que participam da Rede.
 
Muito axé a todas e todos.    


Egbomi Neusa e Mãe Mãe Hóstia de Porto Velho sorrindo (de azul)

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