domingo, 29 de agosto de 2010

O CENSO Parte IV

"Hoje estava saindo de casa quando vi uma pessoa com um jaleco azul. Pensei é o censo!!!É hoje que eu respondo !
Ela se queixou que estava interfonando e que ninguém queria responder. Logo me prontifiquei. Pedi, então, para responder o questionário completo. Ela disse que esta distribuição era aleatória e que verificaria qual era o meu. Qual era? O básico. Pedi novamente o completo, ela ligou para a sua coordenadora, que confirmou a resposta. Ela me perguntou se eu gostaria de falar com a coordenadora pelo celular. Eu disse que sim. Mas a resposta foi: "Nos passaram que é aleatório, não pode escolher".
A moça disse que tanto o básico como o completo poderiam ser respondidos tanto pessoalmente como pela internet. 
Me neguei a responder e pedi que ela anotasse a justificativa. Ela assim o-fez.
Que em pesquisa a escolha das pessoas que irão responder tem que ser aleatória nós sabemos. Mas quem garante que isso seja mesmo aleatório ? Somente 0,4% responde que é umbandista, como foi no último censo ? Duvido.
Terminando a história: A moça ficou indignada porque como eu estava tão animada e agora não queria mais responder. Eu lhe-disse que era umbandista e falei dos dados do último censo. Ela disse que também era umbandista, mas que das 300 pessoas que já tinha entrevistado no bairro, nenhuma falou ser umbandista ou espírita. E falou que a maioria estava respondendo católico e evangélico.  
Ou o censo manipula este sorteio ou os umbandistas não estão se assumindo como tal !!!
Ou as duas coisas."

Fernanda Ribeiro


"O  mesmo aconteceu comigo. Mesmo assim, peguei a senha e fui orientada a ligar para o IBGE, na tentativa de mudar meu questionário. Estou esperando chegar amanhã (dia últil) para telefonar.
Quanto a sua pergunta, acredito que, com ou sem manipulação, as pessoas tem  muita dificuldade para assumir o que são. Fizemos uma pesquisa na escola em que trabalho e, para a nossa surpresa, mais de 95% das famílias se declararam católicas ou evangélicas. Sequer tivemos budistas ou espíritas (que teoricamente seriam memos discriminados). Não acredito, no entanto, que esta porcentagem seja reflexo da realidade. Chegamos à conclusão de que deveríamos ter perguntado (com alternativas fechadas) se frequentavam terreiros, centros ou templos e com qual regularidade.
A forma como é aplicado o questionário do IBGE não dá conta de demonstrar a dinâmica religiosa em nossa país..."

Rosimeire

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