quinta-feira, 12 de agosto de 2010

MEC envia a escolas públicas livro que narra estupro

Folha.com
12/08/2010

O Ministério da Educação enviou a escolas públicas do país um livro que narra o sequestro de um casal, o estupro da mulher e o assassinato do rapaz, segundo reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição desta quinta-feira da Folha(íntegra somente para assinantes do jornal ou do UOL).
Divulgação
Livro distribuído pelo MEC a escolas públicas narra estupro, sequestro e tortura
Livro distribuído pelo MEC a escolas públicas narra estupro, sequestro e tortura
De acordo com o texto, 11 mil exemplares da obra foram destinados para serem usados como material de apoio a alunos do ensino médio, com idade a partir de 15 anos. O livro "Teresa, que Esperava as Uvas", integra o programa do governo federal que equipa bibliotecas dos colégios públicos.
As cenas de violência estão presentes no conto "Os Primeiros que Chegaram", que narra, do ponto de vista da criminosa, um sequestro cometido por um casal. As vítimas são torturadas. Há frases como "arriou as calças dela, levantou a blusa e comeu ela duas vezes" e "[Zonha, o criminoso] deu um tiro no olho dele. [...] Ele ficou lá meio pendurado, com um furo na cabeça."
O governo Lula, a autora da obra e a editora defendem a escolha, por possibilitar que o jovem reflita sobre a violência cotidiana. A escolha das obras é feita por comissões de professores de universidades públicas. "O livro passou por uma avaliação baseada em critérios, concorreu com muitas outras obras e foi selecionado", afirmou a escritora do conto, Monique Revillion.


PS: Eu decidi publicar esta notícia da Folha em protesto, fruto da minha indignação. Será que nossa sociedade está tão cega que não percebe que a violência já é ensinada nos bancos escolares??? Se nossos jovens já convivem com uma sociedade violenta, fruto do descaso político, da corrupção, da miséria e pouco investimento em educação, ainda são aliciados com livros no mínimo questionáveis.
Todos nós precisamos refletir que tipo de cidadão queremos por aqui dentro de poucos anos. Serão nosso futuro, e já são o nosso presente, pois os índices de violência são altíssimos na faixa etária de 14 a 25 anos.

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